Interior / Polícia
Disputa pela Prefeitura de Paranhos vira caso de polícia após denúncias de coação eleitoral
Candidato do PSDB acusa petistas de disseminarem carta com falsas imputações; PT pede intervenção da Força Nacional
01/04/2025
13:30
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
A poucos dias da eleição suplementar para prefeito de Paranhos, a cerca de 460 km de Campo Grande, a disputa eleitoral entre os candidatos do PSDB e do PT ultrapassou os palanques e foi parar na delegacia da Polícia Civil. O pleito, marcado para o próximo domingo (6 de abril), é motivado pela cassação do registro de candidatura do vencedor do último pleito, Heliomar Klabunde (MDB), por irregularidades nas contas públicas.
Na tarde da última segunda-feira (31), o candidato Hélio Ramão Acosta (PSDB), atual prefeito interino e presidente licenciado da Câmara Municipal, registrou um boletim de ocorrência contra o presidente municipal do PT, José Fernandes da Silva. Segundo o tucano, o dirigente petista teria produzido e divulgado uma carta acusando-o de coação eleitoral contra membros da comunidade indígena local.
“A acusação é infundada, sem qualquer embasamento ou prova. Trata-se de uma estratégia para prejudicar minha imagem pública em um momento eleitoral decisivo”, afirmou Acosta, segundo o conteúdo do boletim.
De acordo com a denúncia apresentada pelo PSDB, o documento divulgado pelo PT acusa Hélio Acosta de exigir votos por meio de intimidação, o que configuraria crime de coação. A carta teria sido disseminada amplamente na imprensa regional, redes sociais e até encaminhada a deputados federais, ampliando o alcance da acusação.
Em contrapartida, o advogado do candidato petista Doutor Jorge, Luiz Fernando, minimizou a denúncia, afirmando que “não tem nada a ver”. Ele ainda adiantou que deputados federais do PT, como Camila Jara e Vander Loubet, devem se pronunciar sobre o caso em Brasília. No âmbito estadual, Zeca do PT, Pedro Kemp e Gleice Jane devem se manifestar na Assembleia Legislativa.
O ofício assinado pelo PT municipal pede a intervenção da Força Nacional durante o processo eleitoral, sob alegação de “pressão e intimidação contra eleitores indígenas” praticadas por Hélio Acosta, o que acirra ainda mais os ânimos na reta final da campanha.
A nova eleição foi marcada após o TSE confirmar a inelegibilidade de Heliomar Klabunde (MDB), vencedor das eleições de 2020.
A eleição suplementar está confirmada para 6 de abril, conforme a Resolução 853/2024 do TRE-MS.
A disputa atual coloca frente a frente o tucano Hélio Acosta e o médico Doutor Jorge (PT).
A eleição ocorre em área de fronteira com o Paraguai, marcada por forte presença de comunidades indígenas e tensão política.
A Polícia Civil deverá apurar a veracidade das acusações e avaliar se houve crime eleitoral nas ações denunciadas.
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